sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

TOtALmEnTe COmuM...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Às vezes paro pra pensar o que sou... As incertezas permeiam minha cabeça de meias verdades. Enquanto isso, os meus dias se vão, e a imagem projetada ao futuro desvairada, se junta a penumbra das questões... Os olhos pairam sobre o nada, até as crianças tornarem-se velhas. Velhos caducos que renascem como crianças. O caos, o medo, a necessidade afrontam a minh'alma. O sutil dá espaço ao extravagante, uma vez que é tão próximo, e tenho as vistas cansadas. O sentir é uma quimera, a razão solitária é intocavél. Aprisionada fico eu, à perplexidade do viver ou de fato, existir. Não quero sorrir e nem tão pouco chorar, não tenho fome e nem sede, o sono já não me domina mais. Falo do meu corpo ou do que sou? Fecho os sentidos, apago a memória, ignoro as emoções, calo o meu pensamento, deixo de existir? Encontro-me? Me percebo por associações contaminadas pelos meus olhos. Não há substância pura, sou uma mescla. Se não fosse Yeruska, seria algo? Se não tivesse um corpo, existiria? Sou mera história exterior e explícita? Sei que há pessoas que alugam o seu corpo, mas e quem nem tem corpo para alugar? É provável? Será que posso falar de mim que sou minha desconhecida? O que escrevo tem conotação de bagunça, mas é totalmente comum. Totalmente comum, sem palavras, um grito, um silêncio, uma indagação. Totalmente comum. O que transgride a isso é quebra de limites, inquietação, fascínio. Totalmente comum. O que sou me transpõe. Comum. Totalmente.
 
Totalmente Comum © 2008. Design by Pocket