quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010




Ainda que o conhecimento científico, na atualidade, tornou-se essencial para as nossas vidas, a maioria das informações que carecemos nos dias de hoje, não são obtidas através de estudos sistematizados, e sim do conhecimento decorrente do “totalmente comum”, ou do intitulado “senso comum”.

Embora seja fato a relevância da ciência, percebe-se o quão valorizado é o papel de outras formas de conhecimento, como por exemplo, o religioso e o filosófico.

Todos os atos e devaneios humanos são direcionados a satisfazer necessidades dos seres, e claro, atrair alivio para as suas mazelas. Como a ciência não é possuidora de uma verdade absoluta, o homem necessita de inventar divindades relacionadas a ele mesmo.

Percebe-se na bíblia, por exemplo, a invenção de um deus provedor, poderoso, às vezes bem malvado, mas, que ama, socorre e também recompensa, castiga e que é infalível e imortal. Assim, o conhecimento religioso ganha credibilidade e poder, justamente por conseguir responder indagações, que satisfazem às necessidades dos seres, e que estão muito além do alcance científico.

Penso que, a ciência, com todo o seu sistema e metodologias, não é viável sem uma espécie de religiosidade. O alicerce de um cientista é a tentativa de encontrar os regimentos mais rudimentares generalizados, para assim, conseguir uma linha lógica para explicar o mundo. No entanto, para alcançar leis rudimentares só nos resta a intuição. Ou seja, a percepção clara de verdades sem intermediações do raciocínio ou intelecto. Impossível?

O próprio empirismo é também dependente da percepção. Talvez seja justamente este ponto, o seu limite. Como aplicar a percepção geral em categorias como a de dores, ou de sentimentos? Um observador não conseguirá perceber da mesma forma que a pessoa passiva da dor ou do sentimento de algo. O sentir algo, não é uma questão que se pode colocar em um tubo de ensaio ou ser metodicamente, mensurado. É quesito de crença.

 
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