domingo, 21 de março de 2010

Curuminha...

domingo, 21 de março de 2010

Muito tempo se passou, e agora a curuminha retornou, e não quer mais aceitar essa vida de aparências...
Pelas ruas ela vagou, procurando encontrar um cantinho aconchegante, onde pudesse descansar e quem sabe até morar. Ela andou por tudo ali, e onde foi logo se viu, que ela era diferente e um alvoroço fez surgir. Assustada a curuminha, histórias de gente grande inventou pra tentar tirar do olhos aquele brilho infantil...
E descalço ela andou, pegou chuva aos montão, e de novo, na multidão, se viu em meio a solidão. Quando se sente só, a curuminha não tem medo, ela senta, abaixa a cabeça, fecha os olhos e se entrega. Se entrega a solidão, acha gosto e se sente segura, porque passa a não ter nada que se possa retirar-lhe ou arrancar-lhe.

Somos uma finalmente. Eu e curuminha. E a plenitude me alcança, sinto-me pluma outra vez. Embriagada pelo Cosmo. Tornando-me o amor. Extinguindo à necessidade. Não mais procurando a curuminha nos outros. Não mais buscando os braços, abraços e beijos da curuminha em alguém. Não mais desejando que o outro responda algo que só a curuminha pode dizer.
E a curuminha me sorri, as lagrimas escorrem dos meus olhos. Ela voltou, a curuminha voltou. E, de repente, ela mergulha lá pra dentro, dentro de mim. Bem-vinda curuminha!
 
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