domingo, 7 de março de 2010

Irmão Fênix (1)

domingo, 7 de março de 2010
Lá no topo mora um ser
baixo, forte e de cabelos embaraçados
Suas mãos de tão puras, são sujas...
Ele troca as palavras e respira seus significados.
Vive dele mesmo e se alimenta de escorpiões
O suficiente lhe basta
Como um pássaro, sem penas, ele alça vôos metais
E trança palha horas a fio
Se empenha em encaixar a miçanga no trançado
E seus olhos, de criança,  me chamam
Seus dedos dançam, como mágica
E ele sabe tudo, sem saber nada
Ele esquece meu nome, mas lembra de cada piscar de olhos que dou
Seu cheiro é natural, e diz que cheiro demais
O pouco que ele me oferece é tudo que ele tem
Pouco?
A chuva nos molha e minha maquiagem se vai
Meus enfeites se perdem
Minha mascara cai
Enquanto ele continua intacto, inquebrável, irrepreensível
Ele quer que eu lhe mostre meu mundo
Mas estou a buscá-lo
ainda não sei onde encontra-lo...
 
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