segunda-feira, 19 de julho de 2010

Coisa de Gente

segunda-feira, 19 de julho de 2010
Gente. Assim, pois, eu.
Gente. Gente. Gente. Gente. Gente. Gente. Gente. Gente. Gente. Gente.
Quanto mais repito, o sentido se apaga, até onde ainda não alcanço.
Gente. Gentes. Gente? Gente! Gentes? Gentes!
Tento, com esforço, reconstituir o significado da palavra. Mas, as letras g-e-n-t-e, se tornam gente, e, grandes demais. Mal posso mensurar.
As letras não-letras, que agora gentes são, por algum motivo, necessitam se isolar do dicionário para que possam refletir, pensar e até sentir.
Coisa de gente.
Então, “gente” por um instante de isolamento, deixa de existir como “gente” e só assim noto a existência de “gente”. Da mesma forma que só se notam algumas coisas, na ausência destas.
Coisa de gente.
E findo o raciocínio, como se nada fizesse sentido, assim como “gente”. Muito confuso. Mas, a essa altura já me habituei.
Gente que sou.

 
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