sexta-feira, 9 de julho de 2010

A Prisão Livre

sexta-feira, 9 de julho de 2010
E de repente a corda que me prendia foi cortada, como se estivessem me obrigando a ser livre. Até que ponto a liberdade pode ser imposta?
Senti-me como um pássaro, domesticado e acostumado a viver engaiolado, que de repente percebe que a gaiola está com a porta aberta, mas nem por isso, sai voando. E por que voaria? Talvez voasse por impulso de conhecer a prisão existente lá fora da gaiola. Sim! Prisão disfarçada de liberdade... Mas pra quê?
Alguém por acaso me perguntou se eu desejava que cortassem a corda? Não me questionaram se eu queria ser livre... E, quer saber?! Não quero.
Eu agüento muita coisa só para não ser livre.
Liberdade me dá sensação de um grande nada em potencia de ser um tudo. Mas, é um nada.
Ah! Eu não sou tão desapegada a ponto de ser livre...
Cortaram a Corda. E daí?! “Daqui eu não saio e daqui ninguém me tira”.
Talvez se eu não me mover, talvez se eu ficar bem quietinha, nem dê pra notar que a corda está cortada...


 
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