Gosto de alguns velhos hábitos, recheados de minúsculos gestos, e, de vestes surradas que me permitam algum conforto. Não sei ser senão o que sou, com algum acréscimo, incômodo, de máscaras que enfeitam o presépio natalino.
Está chovendo e o céu azul. E se ganha presentes e se dá presentes, e as ruas fedem a carne requentada. Carne cozida, assada, frita, picada, inteira, triturada... Os fiéis se assam e se comem, ritual selvagem.
E as pessoas morrem. Sinto muito, mas se vive e se morre. No natal ou no não-natal. E se chora. E se pega qualquer um pra cristo. E aliviam-se as palavras não-ditas com sorrisos vazios e com remédios. Rápido. Pragmático.
A necessidade de gostar. A necessidade da necessidade. Do mesmo modo, o desejo de particularizar Deus. Deus humanizado, aniversariante, convenientemente considerado justo. Não Deus.
Sair à Rua. Assistir pessoas. Fora isso, segredo. Anotar as sensações das sombras...
Flores sobre o túmulo.
Multidão de pés. Imaginar as vozes dos rostos e o que os fariam gritar.
Deixar existir também o silêncio. O único silêncio.
Aonde leva a loucura, a loucura.
Retornar ao corpo.
E é domingo. A madrugada velada. O enterro do sábado.
É domingo e chove e ontem o coração dele parou...
Mas é domingo e ele não ressurgiu.
domingo, 26 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Momentos
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Isso. Vou fechar os olhos, cruzar os dedos, fazer figa, pemba, escrever o nome na boca do sapo, mandinga. Vou pedir pro papai Noel, pra tal fada azul, pro gênio da lâmpada.
Por Deus, que alguém me ouça! Enquanto isso vou viver de momentos?
Por Deus, que alguém me ouça! Enquanto isso vou viver de momentos?
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Ser ou Estar?
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
De modo que, repentinamente, deixo de questionar o que sou e passo a me indagar o quando.
Isso mesmo.
Sou isto aqui? Ou apenas estou assim?
Isso mesmo.
Sou isto aqui? Ou apenas estou assim?
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