Foi como se já o conhecesse. Um toque efêmero e as palavras de ambos convergiram-se e atraíram-se no invisível. Elas tilintaram-se estrondosamente provocando barulhos que jamais poderiam ser audíveis. Simplesmente por estas irem sobrenaturalmente, além do som, possuindo inclusive, cheiro e sabor...
Assim ela o encontrou. Recebeu-o como um reencontro de almas.
O sol brilhou, a lua com toda elegância enfeitou a noite, e o coração da menina-mulher, jamais quis ser o mesmo.
Talvez fosse vez de a utopia brincar de viver, não seria justo impedi-la.
A razão, que antes era a deusa inabalável, sentiu-se inferiorizada e ridicularizada por não conseguir explicar a escassez vontade de adormecer. Só depois ela entendeu, que o corpo não desejava mais viver de ilusões obtidas quando este adormecia, se a realidade do físico acordado conseguia ser mais agradável do que os antigos sonhos mais belos...
A menina-mulher ao encontrá-lo perdeu-se. Ela abdicou da segurança do caminho para casa, e deixou-se levar, para tentar alcançar novos horizontes, mesmo sem saber o seu futuro trajeto, e só por isso anda perdida por aí...