Eu sei. Não. Eu não sei. Mas, eu até quero saber. Quer dizer, talvez não queira.
Posso não saber quem sou, mas soberbamente (e tolamente) acabo por tomar algumas coisas e sentimentos por meus.
Sim. Eu tenho coisas, ah isso eu tenho.
Um quarto, seios, livros, uma escrivaninha, franja no cabelo, alguns papéis...
Não. Eu não possuo os sentimentos.
Tenho o livro O Pequeno Príncipe, mas, não consigo possuir a abstração, o sentir, que o livro provoca em seu leitor.
Esse sentir imensurável que não estou apta a possuir, me parece precioso demais, impossível de ser tocado, imaculado. E, as vezes, ironicamente me sinto roubada, exatamente do que não possuo: Quando usam como se fosse ar de respirar, e profanam esse alvo sentir...
Aí... Dói como se carregasse o peso de todos que já foram assaltados.
É uma quase morte.