sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Chuva de Estesia

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
A noite dá o seu grito de estesia, como uma ópera ou como chuva e raios. De repente, um uivo erguido para os altos ares, as libélulas enamoradas pela luz...
Enquanto isso eu na cama. Pareço tornar-me cada vez mais eu, como se chegasse a mim mesma.
Quando começo a chover, os finos fios de água, pouco a pouco, lavam-me e regam-me.
A oração era uma maneira de eu chover. Sem palavras e sem telespectadores externos, eu atingia-me. E chovia. E lavava-me. Alcançava a afirmação máxima de que sou nada. Mais do que isso, nada. Afinal, o nada possui o mérito e a semelhança do todo, do pleno. Um jeito de obter é não procurar, um meio de conseguir é o não pedir, e nada precisar. Deixar o silêncio falar. O silencio que acredito em mim é a resposta as minhas interrogações, ao meu mistério. O silencio pra mim é a chuva. Chover é o ápice da minha vida, todas as vidas são uma arte respingada.
 
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