A mente novamente interroga o questionamento mais ordinário que existe: “Quem eu sou?”. Quem está vivo sabe, até sem perceber que sabe. Sabe mais do que imagina saber, e finge de bobo pra sobreviver.
Puxa! Depois de meio segundo pensando, percebo que sou comum, com nome estranho. Eu durmo, evacuo (às vezes), sorrio, choro, converso, sou registrada em cartório e ando vestida. Totalmente comum. E, não sou excepcional e nem tenho inteligência acima da média (mal sei o que é inteligência), não sou poliglota, não sei cantar (ate tento) e não escovo o dente após todas as refeições.
Assim como todos que vivem, morrerei tão cedo ou tarde...
Sei que quando ando por aí, olhando mansões e favelas, poluição e natureza, eu percebo e quase grito que amo isso aqui. Pode ser reflexo da minha mediocridade normal, ainda assim eu amo. Mas, a vida e sua incógnita, sim, me ultrapassam. Viver não é lógico. É uma realidade acorrentada ao infinito. Intocável.