segunda-feira, 14 de junho de 2010

A Dor x A Mor

segunda-feira, 14 de junho de 2010
Não sei bem que nome dar ao sentimento que por vezes me toma ou que cruelmente eu estou a tomar. É tão violento que me atemoriza, e abaixo a minha cabeça como se toda a Dor de existir estivesse sobre mim.
(Egocentrismo negativo exacerbado).
É que às vezes quero que cada uma das minhas profundas Dores sejam contrabalanceadas com um grito ao mundo. No entanto, eu conheço minhas dores.
A tristeza é fácil gritá-la, as próprias lágrimas se encarregam disso por mim. Já a Dor, esta me intimida, porque me envergonha. É o que não consegui expor. É o que hoje me violenta e que me obriga a gritar impetuosamente.
Eu ainda não sei domesticar esta Dor, mas já sei que ela é um amor irrealizado, minha Dor, é um amor vivo que foi estupidamente não vivido. E é isso que não perdôo em mim, e como não aceito não conseguir me perdoar, então não quero perdoar os outros.
Sim. Aí está minha vergonha. Não fui amada e por isso não quis mais amar. A este ponto me percebi. Se não possuo a vida, então quero assassiná-la.
A minha Dor, não passa de reivindicação, é a expressão reversa do meu amor.
E aí que me vejo obrigada a escolher entre A Dor e o Amor, entre o orgulho e a doçura.
(Sei que amar é mais devagar, e a Dor me gerou uma necessidade imediata que me consome).

_Oh, Dor, transforma-te em perdão, uma vez que não passas de conseqüência do que um dia foi apenas um não-amor. Suplico-lhe.


 
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