Eu escutava distraidamente aquela música, via os dedos dançando, pulando por cima das cordas e nas cordas, e o som era alto, e baixo, suave e forte. Eu não pensava em nada. Foi aí que percebi que não me encontrava distraída, estava era livremente atenta. Ouvia aquelas melodias, atentamente, sem esforço. Livre. Ouvia tudo, e sem expectativas. Fui notando que estava sentindo a música. A música não era minha, nem para mim, nem sequer eu a queria. Mas, sentia-me completamente satisfeita com o que ouvia. Então, por pura admiração, me sentia a música. Que era o som, as notas e as vibrações invisíveis. Por muito sentir, sem alguma prepotência ou vaidade, eu era a música daquele violão, e seu alcance até as estrelas...